Investigação

Influenciadores envolvidos em esquema de rifas ilegais estão sendo investigados pela polícia

Os influenciadores prometiam ganhos exorbitantes nas rifas

Influenciadores envolvidos em esquema de rifas ilegais estão sendo investigados pela polícia - Imagem: Reprodução/ Sinpol/ DF
Influenciadores envolvidos em esquema de rifas ilegais estão sendo investigados pela polícia - Imagem: Reprodução/ Sinpol/ DF

Maria Clara Campanini Publicado em 01/11/2024, às 13h35


A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro desencadeou, nesta sexta-feira (1º), a denominada Operação Rifa Limpa, visando desmantelar um esquema ilegal envolvendo influenciadores digitais em sorteios não autorizados nas redes sociais. A operação se concentrou no cumprimento de dez mandados de busca e apreensão direcionados a influenciadores e seus cúmplices, suspeitos de integrar uma organização criminosa dedicada a realizar sorteios ilegais e lavagem de dinheiro.

Segundo informações divulgadas pela Secretaria de Estado de Polícia Civil, há indícios robustos que sugerem a participação dos envolvidos em atividades de branqueamento de capitais. A secretaria destacou que a operação visa a coleta de documentos que possam evidenciar fraudes nos sorteios realizados e nos prêmios supostamente entregues aos vencedores anunciados.

As investigações apontam que os influenciadores utilizavam suas plataformas sociais para promover os sorteios fraudulentos, almejando ganhos ilícitos por meio da exploração de um grande público. "Esses sorteios eram apresentados como legítimos, baseando-se em parâmetros da Loteria Federal, o que criava uma falsa sensação de legalidade e segurança. Contudo, não havia qualquer auditoria oficial para confirmar a identidade dos ganhadores. Além disso, foi identificado o uso de um aplicativo personalizado pelos membros do esquema, o que levanta sérias suspeitas de fraude e contraria totalmente as normativas legais vigentes", esclareceu um agente envolvido na operação.

A regulamentação para a realização de rifas requer autorização prévia da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap), subordinada ao Ministério da Fazenda. Adicionalmente, apenas entidades sem fins lucrativos estão autorizadas a conduzir tais sorteios. A nota oficial da secretaria não especificou os alvos exatos da operação nem os locais onde foram executados os mandados judiciais.