Após 2 Anos

Menina cai do 12° andar e pai é preso por motivo cruel

Caso aconteceu em 2022, no bairro Canto do Forte, em Praia Grande

Rafaella Lazzordo Silva - Imagem: Reprodução/Redes Sociais
Rafaella Lazzordo Silva - Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Alanis Ribeiro Publicado em 23/07/2024, às 09h42


O pai da criança de 6 anos, que morreu após cair do 12º andar de um edifício em Praia Grande, foi detido depois de ser sentenciado a 6 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão por abandono de incapaz com resultante de morte. Ele vai cumprir a sentença em regime semiaberto, trabalhando ou estudando durante o dia e retornando à unidade prisional para pernoitar à noite.

O comerciante, de 41 anos, saiu do apartamento para levar a namorada, de carro, até a casa dela e deixou a filha dormindo sozinha. Ao acordar, Rafaella Lazzordo Silva percebeu que estava sozinha no apartamento, desesperada, caiu do 12º andar. O caso aconteceu na madrugada de 11 de junho de 2022, na Avenida Castelo Branco, no Canto do Forte, em Praia Grande. 

O responsável pela pequena foi preso por abandono de incapaz com resultado em morte, mas foi liberado na audiência de custódia. 

Após um ano do acontecido, em 24 de agosto de 2023, de acordo com informações obtidas pelo g1 Santos, o juiz da 1° Vara Criminal de Praia Grande sentenciou o comerciante a cumprir de 5 anos e 4 meses de reclusão em regime inicial aberto.

Desdobramento

O  Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) entrou com um recurso de apelação da sentença pedindo pela majoração da pena-base, além da fixação do regime inicial fechado ou, subsidiariamente, semiaberto.

Mas em 16 de fevereiro deste ano, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), concedeu provimento parcial ao recurso estabelecido pelo MP-SP, e aumentou a pena para 6 anos, 2 meses e 20 dias, além de deixar a fixação do regime semiaberto.

Depois de recursos movidos pela defesa do homem e do MP-SP, a Justiça determinou, em trânsito em julgado(qualifica uma decisão judicial da qual não se pode mais recorrer), a manutenção da decisão. Em 13 de junho, o mandado de prisão do comerciante foi expedido, sendo cumprido apenas no dia 25 daquele mês.

O g1 Santos tentou entrar em contato com a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP-SP), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Comoção

A morte da menina impactou a todos, gerando uma comoção até mesmo para aqueles que não a conheciam. Quatro dias após o incidente, parentes optaram por se manifestar. Através do Instagram, uma tia da criança, irmã da mãe de Rafaella, compartilhou que os familiares estão passando por um período extremamente difícil. "Ainda não estamos prontos para conversar. Estamos com o coração partido", expressou.

De acordo com informações apuradas pelo g1, pouco antes do acidente, ela havia ido a um restaurante perto de casa e, segundo relato da proprietária, Michelle Sanches, estava muito feliz. "Estava muito alegre. Ela era uma criança cheia de energia e sorridente. Meu filho até pediu para namorar com ela, mas ela disse que ele era muito feio", relembra.