A dona de casa registrou uma ocorrência por injúria racial
Nathalia Jesus Publicado em 12/06/2023, às 11h26
Uma mulher preta, de 52 anos, teve o cabelo comparado com uma alface crespa por um feirante na feira da Francisco Glicério. A vítima registrou o crime de injúria racial no 7° Distrito Policial e vai representar criminalmente o autor das ofensas.
Em entrevista ao g1 nesta segunda-feira (12), a dona de casa Norma Lucio da Rocha informou que estava andando pela feira-livre à procura de agrião quando foi vítima do comentário perjorativo.
“Compre o alface, o alface tá barato. Tá durinho e crespo que nem o cabelo dela”, reproduziu a vítima o que ouviu. Norma ainda afirmou que o feirante apontou para ela após a ofensa.
A dona de casa contou que se sentiu "sem graça" pela situação e pela reação das pessoas em volta, que, segundo ela, não gargalharam, mas riram da injúria racial.
“Não sei o que as pessoas pensam com isso. Não sei o que querem ridicularizando outras. É o tal do racismo recreativo, que fazem achando que é engraçado”.
Depois de ter escutado a ofensa, Norma disse que foi tremendo até a barraca de pastel, onde havia pedido um caldo de cana, que só buscaria após encontrar o agrião. Ao notar a alteração da cliente, a vendedora da barraca perguntou o que aconteceu, Norma relatou o fato e a vendedora disse para ela chamar a polícia.
"Quando ela falou chama a polícia eu comecei a chorar”.
A vítima disse que ficou nervosa e se sentindo ridicularizada e humilhada. Mesmo assim, ela voltou à barraca do comerciante e perguntou se ele havia comparado o seu cabelo com um alface. Segundo ela, ele disse que sim: "Ainda admitiu".
“Racismo é crime e tenho que fazer a minha parte”, disse a dona de casa.
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