Notícias

Polícia descobre plantação de maconha em apartamento na Ponta da Praia em Santos

Suspeito alegou cultivar cannabis para fins medicinais, mas não apresentou documentação necessária para comprovar

Polícia Civil encontra cultivo de maconha em apartamento no bairro Ponta da Praia, Santos, e prende homem de 40 anos - Foto: Divulgação/ Polícia Civil
Polícia Civil encontra cultivo de maconha em apartamento no bairro Ponta da Praia, Santos, e prende homem de 40 anos - Foto: Divulgação/ Polícia Civil

Redação Publicado em 28/07/2025, às 08h56


No bairro Ponta da Praia, em Santos, a Polícia Civil fez uma descoberta inusitada em um apartamento, uma plantação de maconha completa. Um homem de 40 anos, morador do local, foi preso em flagrante, mas logo depois a Justiça concedeu liberdade provisória a ele, mediante algumas condições.

A prisão e os materiais apreendidos

A ação aconteceu na segunda-feira (21), quando policiais cumpriram mandados de busca e apreensão nos apartamentos do suspeito e de sua mãe, localizados no mesmo condomínio.

Dentro do imóvel do homem, os agentes encontraram diversos itens que indicavam o cultivo em larga escala e o preparo da droga.

Entre os materiais apreendidos, estavam:

  • estufas com plantas em diferentes estágios de desenvolvimento;
  • porções de maconha já embaladas;
  • selos com características parecidas com LSD;
  • cogumelos embalados a vácuo;
  • materiais usados para o cultivo e para dividir a droga em porções;
  • caderno com anotações de quantidades e valores, sugerindo a venda.

Justificativa e decisão da Justiça

A mãe e a avó do suspeito estavam em um dos apartamentos vistoriados pela polícia. Aos agentes, a mãe explicou que o filho extraía o canabidiol (CBD) da planta cultivada para ajudar a avó, que está acamada e diagnosticada com Alzheimer. No entanto, ela não apresentou nenhuma receita ou comprovante de que a avó fazia acompanhamento médico para esse tratamento.

O próprio suspeito disse à polícia que possuía uma decisão judicial que autorizava o cultivo de canábis para fins medicinais. Contudo, ele não apresentou toda a documentação necessária nem tinha autorização sanitária para manipular derivados da planta.

O homem foi preso porque a equipe policial entendeu que ele usava a canábis para outras finalidades, além da medicinal. Segundo a corporação, a presença de três cigarros de maconha parcialmente consumidos sobre a cama dele, com as anotações e os materiais, indicava o comércio da substância.

Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) confirmou que o homem recebeu a liberdade provisória. Contudo, ele deverá seguir medidas cautelares, como comparecer mensalmente em juízo, não mudar de cidade sem aviso e não deixar Santos por mais de sete dias sem permissão.