''Quem sofre com isso é a população'', comentou Rafa Zimbaldi (Cidadania-SP) mediante ao possível prejuízo
Juliane Moreti Publicado em 06/10/2023, às 18h56
Cláudio Amatte, presidente do Hospital Beneficência Portuguesa de Campinas (SP), foi convocado pelo deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania-SP) para esclarecer denúncias sobre desvios financeiros gravíssimos.
A acusação colhida pelo Ministério Púlbico (MP) aponta que os descaminhos somam mais de R$ 12 milhões e aconteciam por meio de parcerias montadas entre o presidente e um grupo de empresas envolvendo a prestação de serviços de Consultoria.
Contudo, os contratos visavam os benefícios tributários ao hospital, além da Justiça destacar fraudes em cerca de seis documentações. Recentemente, o requerimento da solicitação de presença foi protocolado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Diante das acusações, a Justiça de Campinas decretou a quebra de siligo bancário do presidente do Hospital Beneficência Portuguesa, para averiguar os supostos danos aos cofres públicos.
A expectativa é que o pedido protocolado pelo deputado seja votado pela Comissão de Saúde ainda nesta semana, e, caso aprovado, Cláudio terá que comparecer presencialmente em torno de 30 dias.
Para o parlamentar, a convocação se faz necessária pelas apurações em andamento por parte do MP, além de considerar tudo o que foi recolhido até agora uma ''denúncia de corrupção gravíssima''.
''Estamos diante de uma denúncia de corrupção gravíssima. O O Hospital Beneficência Portuguesa de Campinas funciona com dinheiro público, proveniente do Sistema Único de Saúde (SUS), mediante convênio celebrado pela Prefeitura de Campinas, e repasses do Governo do Estado. Se o MP estiver correto em sua avaliação, trata-se de prejuízo milionário aos cofres públicos'', comenta o deputado.
Isso porque, além dos gastos elevados, que estão em torno de R$ 21 milhões, as movimentações podem estar gerando o enriquecimento dos envolvidos, já que a Promotoria aponta que a realização de alguns serviços são ''absolutamente desnecessários''.
O deputado quer que os contratos, considerados ''duvidosos'' por ele, sejam esclarecidos, porque, neses casos, os trabalhos não exigiam nenhum conhecimento específico e deveriam ter sido realizados pelos funcionários do próprio hospital, sem custos adicionais.
''Nosso objetivo, na Alesp, é esclarecer esses contratos, no mínimo duvidosos. Quem sofre com isso é a população, que depende do hospital público para ser atendida e é prejudicada com a má gestão dos recursos'', acrescenta o parlamentar.
O MP também mostra indícios de superfaturamento e fraude na finalização dos seis documentos de prestação de serviços do mesmo hospital, com a elaboração de pedido administrativo de adesão de parcelamentos e a liberação de Certidão de Regularidade Fiscal.
Além dos valores fora do comum, considerados desnecessários, conforme a Promotoria apurou, os profissionais dos Setores Contábil e Jurídico do hospital em questão teriam o necessário para estar à frente dos casos.
Leia também
Ex-prefeito Bili desafia Kayo Amado para debate sobre São Vicente
Bebê morre em incêndio provocado por irmã de 14 anos em Guarujá
Trabalhadores da Cetesb podem entrar em greve na Baixada e Vale do Ribeira na próxima terça
Cubatão recebe título de "Cidade Verde do Mundo" em cerimônia especial
PAT São Vicente oferece 1,1 mil vagas de emprego nesta quarta-feira; saiba quais
Homem é preso em Santos após espancar namorada na capital paulista
Cubatão recebe título de "Cidade Verde do Mundo" em cerimônia especial
Ex-prefeito Bili desafia Kayo Amado para debate sobre São Vicente
Santos pega o Flamengo na Vila: Neymar treina normal e time se prepara para duelo importante
Acidente grave com três carros deixa dois feridos em Bertioga