De acordo com Observatório Nacional dos Direitos Humanos, Santos é a terceira cidade paulista com maior número de moradores de rua e 13ª do Brasil
Maria Clara Campanini Publicado em 14/11/2024, às 15h19
Um estudo recente do Observatório Nacional dos Direitos Humanos (ObservaHR) coloca Santos, localizada no litoral, na terceira posição entre as cidades do estado de São Paulo com maior número de pessoas em situação de rua. No cenário nacional, Santos ocupa a 13ª posição. Este levantamento baseia-se nos dados de 2023 do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).
Conforme os registros, Santos possui 1.395 pessoas vivendo nas ruas, superando municípios populosos como Guarulhos, Osasco e São Bernardo do Campo. No ranking estadual, apenas a capital paulista e Campinas ultrapassam Santos em números absolutos. Em termos proporcionais, Santos supera até mesmo Campinas, com uma taxa de 0,284% de sua população em situação de rua.
A nível nacional, entre as cidades que não são capitais estaduais, somente Campinas figura à frente de Santos. Com uma população estimada em 418.608 habitantes, Santos é um dos menores municípios entre os 20 primeiros colocados no levantamento.
Desafios e Respostas Locais
A Prefeitura de Santos justifica os números pela característica da cidade como polo regional na Baixada Santista, absorvendo demandas sociais significativas. Desde o ano anterior, foram alocados mais de R$ 2,5 milhões para ampliar a capacidade de atendimento às pessoas em situação de rua. Em 2023, ocorreram 15.816 abordagens e espera-se realizar cerca de 16.452 atendimentos até o final de 2024.
Outras cidades da Baixada Santista também enfrentam desafios semelhantes. São Vicente relatou um aumento para 812 pessoas em situação de rua e tem investido em abrigos e centros especializados como o Centro POP. Praia Grande aposta no apoio multidisciplinar para superar dificuldades na abordagem das pessoas vulneráveis.
Guarujá e Itanhaém destacam esforços contínuos para atualização dos dados e melhorias no atendimento. Enquanto Cubatão foca na inclusão social através do cadastramento para programas assistenciais, Bertioga oferece serviços básicos essenciais como alimentação e apoio psicológico.
Por fim, Mongaguá estuda implementar soluções integradas para reintegração social e Peruíbe mantém equipes ativas diariamente para prestar assistência e encaminhar pessoas para serviços especializados.
Essas iniciativas refletem o esforço coletivo dos municípios da Baixada Santista em enfrentar os desafios sociais complexos relacionados à população em situação de rua.
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