Essa semana foi revelada carta de amor feita pelo cunhado após assassinar Igor Peretto

Maria Clara Campanini Publicado em 26/11/2024, às 14h58
Em um desdobramento significativo no caso do assassinato do comerciante Igor Peretto, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) negou a liminar do habeas corpus solicitado em favor de Rafaela Costa da Silva, viúva da vítima, e Marcelly Peretto, irmã de Igor. As duas são acusadas de envolvimento no homicídio ocorrido em agosto na cidade de Praia Grande. A decisão foi proferida pelo relator Geraldo Wohlers, que destacou a ausência de requisitos essenciais para a concessão da medida.
O processo de habeas corpus é composto por duas fases: a análise preliminar da liminar e o julgamento do mérito. Com a rejeição inicial, as acusadas aguardam agora a análise do mérito, que será conduzida por um colegiado de três desembargadores, incluindo Wohlers.
O crime chocante resultou na prisão preventiva dos envolvidos — Mario Vitorino (cunhado da vítima), Marcelly Peretto e Rafaela Costa — em 31 de outubro, com acusações de homicídio triplamente qualificado. Segundo o Ministério Público (MP-SP), há indícios de que o crime foi premeditado.
As investigações revelaram detalhes inquietantes. Dados recuperados pela Polícia Civil mostraram que Rafaela apagou mensagens do celular antes de ser apreendido. Em uma ligação feita para Igor durante o momento crítico do crime, a suspeita sugere conhecimento prévio dos eventos. Conversas entre Rafaela e sua irmã também foram reveladas, onde ela buscava apoio e orientação após o ocorrido.
A hipótese de Marcelly ter participado diretamente no assassinato não é descartada pela polícia, devido a evidências como roupas ensanguentadas e unhas quebradas. Ela nega envolvimento direto, alegando estar em outro cômodo durante o ataque.
Áudios coletados pela investigação incluem uma gravação onde Igor afirma não ter traído Rafaela, em resposta a acusações dela sobre um passeio controverso. Outro áudio capturado envolve Mario pedindo conselhos legais enquanto estava foragido, descrevendo-se como incapaz de cometer atos violentos.
Além disso, uma carta de amor escrita por Mario à Rafaela foi descoberta, datada após o crime e enquanto ambos estavam sob custódia ou foragidos. O relacionamento extraconjugal entre eles teria sido um dos motivos para o crime, juntamente com potenciais benefícios financeiros decorrentes da morte de Igor.
A reconstituição do crime, descrita em um laudo pericial ilustrado pelo Instituto de Criminalística, confirma que Igor foi esfaqueado 40 vezes. A prisão preventiva dos acusados foi decretada após uma série de prorrogações da detenção temporária devido à complexidade do caso.
Enquanto aguardam julgamento, Rafaela e Marcelly estão detidas na mesma unidade prisional feminina em São Vicente desde setembro. Mario encontra-se encarcerado no 5º Distrito Policial de Santos. A defesa das acusadas mantém a alegação de inocência ou legítima defesa.
O caso tem gerado grande repercussão pública e familiar. Tiago Peretto, irmão da vítima e vereador local, divulgou nas redes sociais momentos importantes da investigação e captura dos envolvidos. Os desdobramentos continuam sendo acompanhados atentamente enquanto o caso avança na justiça paulista.
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