Violência Infantil

Padrasto é investigado por suspeita de agredir criança durante evento religioso em Apiaí

Testemunhas relataram que menino de 3 anos chorava intensamente enquanto era agredido; caso é apurado pela Polícia Civil e Conselho Tutelar interveio.

Padrasto e criança são conduzidos pela Guarda Civil Municipal após denúncia de agressão. - Imagem: GCM Apiaí
Padrasto e criança são conduzidos pela Guarda Civil Municipal após denúncia de agressão. - Imagem: GCM Apiaí

Ana Beatriz Publicado em 31/12/2025, às 04h59


Um episódio de violência contra uma criança durante uma celebração católica em Apiaí, no interior de São Paulo, mobilizou forças de segurança e gerou indignação entre fiéis que participavam do evento. Um homem é investigado por suspeita de agredir o enteado, de apenas três anos, enquanto desciam uma trilha no Morro do Ouro, local onde ocorria a celebração religiosa, no último domingo (28).

De acordo com informações da Guarda Civil Municipal (GCM), testemunhas acionaram a corporação após presenciarem a criança chorando de forma desesperada enquanto era supostamente agredida pelo padrasto. Segundo os relatos, o menino demonstrava intenso sofrimento emocional, o que levou alguns participantes do evento a conterem o homem até a chegada das autoridades.

A GCM conduziu o padrasto, a mãe da criança e o menor até a delegacia de Apiaí. No local, o delegado responsável ouviu os envolvidos e determinou a realização de exame de corpo de delito. Como não foram constatadas lesões aparentes no menino, a autoridade policial optou pela instauração de inquérito, permitindo que o suspeito responda em liberdade durante as investigações.

Apesar da ausência de marcas visíveis, o caso segue sob apuração, já que a legislação prevê que a violência contra crianças não se restringe apenas a danos físicos, mas também pode envolver agressões psicológicas e maus-tratos.

Diante da gravidade da denúncia, o Conselho Tutelar foi acionado e decidiu retirar a criança da convivência com o padrasto e a mãe. O menino foi entregue ao pai biológico, que ficará responsável por sua guarda enquanto o caso é acompanhado pelos órgãos de proteção.

A Polícia Civil seguirá colhendo depoimentos de testemunhas e analisando imagens e outros elementos que possam esclarecer os fatos. O caso foi registrado como suspeita de violência contra criança, crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).