Polícia

Investigação sobre morte de jogador em Apiaí já tem suspeito; família aponta amigo por dívida

Delegado Valmir Oliveira mantém sigilo sobre identidade do suspeito enquanto investigações prosseguem

Corpo de Iggor foi encontrado com 14 facadas, e polícia investiga envolvimento de amigo próximo - Foto: Reprodução/ Redes Sociais
Corpo de Iggor foi encontrado com 14 facadas, e polícia investiga envolvimento de amigo próximo - Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Gabriel Nubile Publicado em 18/12/2025, às 09h33


A investigação sobre o assassinato brutal do jogador de várzea Iggor Santana Martins Barbosa, de 26 anos, parece estar caminhando para um desfecho. A Polícia Civil de Apiaí confirmou que já tem um alvo principal na mira e que um homem passou a ser considerado suspeito oficial pelo crime.

Quem está à frente do caso é o delegado Valmir Oliveira. Ele explicou que, apesar de já ter esse nome sob investigação, a polícia prefere manter a identidade em sigilo absoluto por enquanto. A ideia é não atrapalhar o andamento das apurações e garantir que o responsável não fuja ou destrua provas. Até o momento, ninguém foi para a cadeia, mas diversas pessoas já foram chamadas para prestar depoimento e esclarecer os fatos.

O crime chocou os moradores da região pela violência. O corpo de Iggor foi encontrado na noite de 11 de dezembro, por volta das 21h, jogado às margens da Rodovia Bunjiro Nakao, na altura do bairro Pirizal. A perícia constatou que o rapaz foi atingido por, pelo menos, 14 facadas. Iggor era natural de Coronel Fabriciano, em Minas Gerais, mas tinha escolhido Apiaí para viver nos últimos quatro anos.

Família desconfia de traição

Enquanto a polícia trabalha nas provas técnicas, a família da vítima tem uma suspeita muito forte e dolorosa. Uma parente, que pediu para não ter o nome revelado por segurança, contou que acredita que o crime tenha sido cometido por alguém muito próximo: um amigo de Iggor.

Segundo essa familiar, a motivação seria uma dívida financeira. Ela relatou que esse conhecido teria oferecido uma carona para o jogador logo após ele sair do trabalho, pouco antes de tudo acontecer. Para a família, foi uma emboscada e o suspeito não agiu sozinho. "Não tem como ele ter matado o Iggor sozinho", desabafou a mulher, sugerindo que mais pessoas participaram do ataque.

O delegado Valmir confirmou que ouviu essas histórias. Ele garantiu que a versão da família, sobre o envolvimento desse amigo e de possíveis comparsas, não foi descartada e está sendo analisada com cuidado junto com outras pistas. A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) se limitou a dizer que o caso segue em aberto.Sonhos interrompidos

A morte de Iggor deixou um vazio enorme em casa. Ele era pai de três meninas pequenas (de 6, 5 e 2 anos) e ainda cuidava com carinho de três enteados, que considerava como filhos. Ele vivia com a atual companheira e as crianças, e tinha o sonho de oficializar a união com um casamento no ano que vem. Recentemente, ele tinha concluído o curso de técnico em segurança, buscando uma vida melhor.

"Onde ele chegava, todos gostavam dele. Era um menino de coração bom", lamentou a familiar, pedindo justiça para que o culpado não fique impune fingindo que nada aconteceu.

No cenário esportivo da cidade, o clima é de luto. Iggor era muito conhecido no futebol amador. Ele jogou duas temporadas pelo "Esquisito Futebol Clube" e estava no time de futsal "E.F.C Camisa 10". Nas redes sociais, os times postaram homenagens de despedida, lamentando a perda de um "irmão de quadra".