Futebol

Justiça condena Corinthians a pagar dívida milionária a ex-jogador

Ação de Everaldo reconhece valores não quitados de 13º, férias e fundo de garantia

Everaldo em jogo do Corinthians - Reprodução/ SBT Sports
Everaldo em jogo do Corinthians - Reprodução/ SBT Sports

Jorge Simonsen Publicado em 11/11/2025, às 16h21


O Corinthians foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar mais de R$ 1 milhão ao atacante Everaldo, atualmente jogador do Coritiba. A sentença foi proferida pelo juiz substituto Rodrigo Rocha Gomes de Loiola, do 2º Núcleo de Justiça 4.0 do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), e reconhece pendências relacionadas a depósitos de FGTS, pagamento de 13º salário e férias durante o vínculo do atleta com o clube paulista. A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso.

Everaldo ajuizou a ação em junho de 2025, alegando que o Corinthians deixou de cumprir obrigações trabalhistas básicas entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2023. Além dessas pendências, o atacante também solicitava o pagamento de direitos de imagem e a aplicação de multas por supostas irregularidades contratuais. No entanto, o magistrado rejeitou essas últimas solicitações, afirmando que a Justiça do Trabalho não tem competência para julgar questões de natureza cível, como as relacionadas ao contrato de imagem.

De acordo com os cálculos apresentados pela defesa do jogador, representada pelo advogado Filipe Rino, o valor líquido a ser pago é de R$ 969.439,62. Com a inclusão de honorários advocatícios e custas processuais, a quantia total da condenação chega a R$ 1.038.296,83. Procurada, a acessoria de imprensa do Corinthians informou que não comentará o caso, uma vez que o processo ainda está em andamento e pode ser revertido em instâncias superiores.

Everaldo defendeu o Timão entre 2019 e 2021, disputando 36 partidas e marcando quatro gols. O atacante também atuou por Sport, América-MG e Vitória antes de se transferir para o Coritiba. A nova condenação se soma à série de ações trabalhistas que o clube enfrenta, ampliando a preocupação com a saúde financeira do Corinthians e a pressão por uma reestruturação administrativa mais profunda dentro do clube.