Alerta

Baixada Santista registra 28.678 casos de dengue em 2024

Ministério da Saúde alerta para a circulação do sorotipo 3 da dengue, que pode impactar a evolução dos casos na região

O verão, com altas temperaturas e chuvas, favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, aumentando os riscos de infecção - Imagem: Freepik
O verão, com altas temperaturas e chuvas, favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, aumentando os riscos de infecção - Imagem: Freepik

Karina Faleiros Publicado em 26/03/2025, às 12h21


O número de óbitos por dengue na Baixada Santista, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, apresentou um cenário inesperado. De acordo com dados enviados pelas prefeituras, a região registrou 28.678 casos de dengue e 49 mortes em decorrência da doença em 2024. No ano anterior, foram registrados 4.147 casos e nenhuma morte causada pelo mosquito.

Na Baixada, um dos principais pontos de atenção é o período do verão. Em decorrência das altas temperaturas e fortes chuvas, que causa o acúmulo de água, essa estação do ano é mais propícia para que as fêmeas coloquem ovos e multipliquem os mosquitos.

De acordo com o Ministério da Saúde, outro fator apontado para o aumento de casos na região Sudeste, é a circulação crescente do sorotipo 3 da dengue. Segundo o g1, durante a primeira reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), o secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Rivaldo Venâncio, explicou que essa variante do vírus tem sido determinante no aumento do número de infecções.

"O comportamento da doença varia entre as regiões. O aumento do sorotipo 3 no Sudeste exige atenção, pois muitas pessoas nunca tiveram contato com essa variante do vírus, o que pode impactar na evolução dos casos", disse Venâncio, na ocasião.

No Brasil, o levantamento apontou 6.041 óbitos registrados pela doença transmitida pelo Aedes aegypti em 2024, enquanto 5.960 foram por Covid-19.