Para o comércio, é a linha de crédito para capital de giro mais barata e a chance de fidelizar clientes
Vitória Tedeschi Publicado em 23/08/2023, às 14h09
Diversas entidades ligadas ao campo do comércio, serviços e apoio ao empreendedorismo uniram suas vozes em um manifesto que defende a preservação do Parcelamento Sem Juros (PSJ) e a garantia da livre concorrência.
O manifesto foi assinado por: Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), Associação Brasileira de Internet (Abranet), Associação Brasileira de Academias (ACAD Brasil), Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), Conecta, Parcele na Hora, Proteste, Euroconsumers Brasil, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco).
O “Manifesto pelo direito de continuar fazendo compras Parceladas Sem Juros” afirma que a a modalidade é indispensável para a população, comércio e serviços e revela os principais motivos que os levam a pensar assim.
No documento, eles afirmam que, do ponto de vista dos compradores, o PSJ oferece a oportunidade de adquirir produtos ou serviços de acordo com suas possibilidades financeiras.
Já para o comércio, a modalidade é uma linha de crédito para capital de giro mais barata e a chance de fidelizar clientes.
Nesse contexto, as entidades chamam a atenção do público brasileiro para os potenciais perigos que cercam a possível eliminação, tributação ou restrição e citam uma pesquisa do Datafolha, que revelou que cerca de 75% da população adota a prática de parcelar suas compras.
Além disso, o manifesto enfatiza que o PSJ desempenha um papel fundamental na economia. No ano passado, essa modalidade de pagamento contribuiu com metade das transações realizadas por cartão de crédito no país, gerando uma movimentação financeira de mais de R$ 1 trilhão, o que equivale a cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Estudos indicam que a extinção do PSJ poderia causar uma perda de R$ 190 bilhões de reais para o varejo, gerando um efeito dominó sobre os outros setores da economia. Portanto, é inadmissível que o Parcelamento Sem Juros seja extinto, taxado ou alterado. Do nosso ponto de vista, a livre concorrência deve prevalecer”, afirma Carol Conway, presidente da Abranet.
Por fim, o documento também cita uma avaliação realizada pela consultoria LCA que prevê que as consequências da restrição do parcelamento sem juros poderiam se traduzir em um acréscimo de 35% nos custos do crédito, que, por sua vez, levariam a uma redução de até 27% no volume de crédito concedido.
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