Aumento de infartos

Internações por infarto aumentam no Brasil após início do inverno

Os homens são a maioria das vítimas e no frio, as chances de ataque cardíaco aumentam

Como prevenção, é importante praticar sempre atividades físicas - Imagem: Free Pik
Como prevenção, é importante praticar sempre atividades físicas - Imagem: Free Pik

Karina Faleiros Publicado em 10/07/2023, às 12h54


As internações causadas por infarto subiram certa de 150% entre 2008 e 2022, segundo dados compilados pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC). Durante o inverno, o pico desses ataques cardíacos aumentaram, diminuindo em períodos mais quentes, pois as temperaturas mais frias aumentam os riscos da complicação.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, antigamente a média mensal das hospitalizações por infarto em homens era cerca de 5.282 no início da série e aumentou para 13.645. Já entre as mulheres, o número era 1.930 e foi para 4.973. Os dados constam somente informações do SUS (Sistema Único de Saúde), disponibilizados no Sistema de Internação Hospitalar.

As principais causas de morte por enfermidade no Brasil, são de complicações cardiovasculares, como por exemplo, o infarto.

A temperatura influencia muito, pois nos períodos frios, é mais comum ocorrer a contração dos vasos sanguíneos, ou seja, a diminuição do diâmetro dos vasos onde o sangue corre- o que aumenta as chances do ataque do coração. No inverno, as doenças respiratórias também crescem, outro fator que pode ter associação com o infarto.

Ao comparar os picos de infarto nas estações, o levantamento comprovou que os casos aumentam durante o inverno, com queda no verão. Os números variam de ano a ano, mas em 2022, a diferença nas hospitalizações entre os meses frios e quentes foi 27,4% para homens e 27,8% para mulheres.

No Brasil, assim como em outros países, existe um maior número de pessoas mais velhas, devido ao aumento de expectativa de vida, e muitas vezes o infarto acomete mais as pessoas idosas.

Praticar hábitos não saudáveis também entram no rol de explicações. Sedentarismo, por exemplo, tem ligação com o ataque no coração, como também, o excesso de peso. Outras complicações, como diabetes e pressão alta, ainda entram em conta.

Como se prevenir?

Segundo Issa, diretora do INC, o estudo serve como um alerta para melhorar a prevenção e o acesso da população a serviços de saúde, e cita ser muito importante ampliar o acesso a serviços de saúde, para que todos possam receber diagnósticos mais precoces e orientações para o controle das doenças ligadas ao infarto. 

Mas para evitar os problemas cardíacos, é necessário passar por mudanças de hábitos, como: controlar o peso, manter atividades físicas e deixar de fumar; essas são algumas ações importantes no combate ao infarto.