Obras para ampliar o sistema de saneamento estão em andamento para solucionar a questão gradativamente
Alanis Ribeiro Publicado em 03/01/2025, às 09h45
A Praia do Perequê, em Guarujá, foi identificada como a mais poluída da Baixada Santista, conforme dados anuais da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Das 52 coletas de água realizadas semanalmente em 2024, apenas uma apresentou resultados dentro dos padrões aceitáveis de balneabilidade.
Os dados da Cesteb, que analisam a qualidade da água de janeiro a dezembro, focam principalmente na presença de bactérias fecais, um dos principais indicadores de contaminação.
Medidas e desafios no Guarujá
A Prefeitura do Guarujá reconheceu o problema, atribuindo-o à falta de infraestrutura de esgoto em parte do bairro até recentemente. Obras para ampliar o sistema de saneamento estão em andamento para solucionar a questão gradativamente.
Outro fator que contribui para a poluição da Praia do Perequê é a presença de dois rios que deságuam na região. Estudos estão sendo realizados em parceria com a iniciativa privada para analisar a qualidade do Rio do Peixe e propor soluções para recuperar o rio e identificar as principais fontes de poluição.
Situação geral na Baixada Santista
Além do Guarujá, outros municípios da Baixada Santista enfrentam problemas de poluição nas praias. Praia Grande lidera em número de praias impróprias para banho, com quatro áreas críticas:
• Vila Tupi: 47 semanas impróprias
• Vila Mirim: 39 semanas impróprias
• Boqueirão: 35 semanas impróprias
• Balneário Flórida: 32 semanas impróprias
São Vicente ocupa o segundo lugar, com três praias em condições negativas:
• Prainha: 47 semanas impróprias
• Gonzaguinha: 46 semanas impróprias
• Milionários: 44 semanas impróprias
A Prefeitura de Praia Grande atribui os altos índices de poluição às chuvas intensas e à alta densidade de banhistas, principalmente nos finais de semana e feriados prolongados. Atualmente, o município conta com 87,3% de cobertura de rede de esgoto e planeja expandir para 95% até 2028 com melhorias no saneamento básico.
Já a administração de São Vicente destaca que sua configuração estuarina, somada às ocupações irregulares e atividades industriais próximas, dificulta o combate à poluição. A cidade está implementando estratégias para reduzir a contaminação marinha e ampliando as conexões de esgoto e drenagem. Segundo o último relatório, duas das seis praias analisadas continuam impróprias para banho.
Avaliação da Cetesb
A Cetesb classifica as praias como "Própria" ou "Imprópria", subdividindo a categoria "Própria" em níveis como Excelente, Muito Boa e Satisfatória. A presença contínua de esgoto é o principal fator de má qualidade da água. Outros elementos, como surtos de doenças transmitidas pela água, derrames de petróleo e a ocorrência de maré vermelha, também podem influenciar os índices.
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