O partido monitora os recursos judiciais de José Dirceu para sua possível reabilitação política e candidatura em 2026. Ativo nos bastidores, ele aconselha ministros e pode retornar à Câmara se seus direitos forem restaurados
Marina Milani Publicado em 21/05/2024, às 15h32
O Partido dos Trabalhadores (PT) está monitorando de perto os recursos judiciais do ex-ministro José Dirceu, na esperança de que ele recupere seus direitos políticos e possa se candidatar nas eleições de 2026. De acordo com lideranças do partido, Dirceu tem mantido uma atuação ativa nos bastidores, aconselhando ministros como Fernando Haddad, e sua presença no governo Lula poderia ser ainda mais significativa se ele retornasse à Câmara dos Deputados, de onde foi cassado no auge do escândalo do mensalão.
Nesta terça-feira (21), o Supremo Tribunal Federal (STF) retomará o julgamento de um habeas corpus em que José Dirceu solicita a extinção da pena por corrupção passiva na Lava Jato, argumentando a prescrição do caso. Dirceu tem afirmado a interlocutores que, "por justiça", merece voltar à Câmara, caso receba o mandato dos eleitores de São Paulo. No entanto, qualquer decisão sobre sua candidatura só será tomada após as eleições municipais de 2024 e a renovação da presidência do PT, prevista para 2025. Assim, uma decisão final deve ser anunciada apenas no segundo semestre de 2025.
Dirceu, aos 78 anos, continua sendo uma figura influente no PT. Ele tem participado ativamente das articulações para as eleições municipais, apoiando palanques do partido e promovendo a candidatura de Edinho Silva para a presidência do partido, em substituição a Gleisi Hoffmann. No mês passado, ele participou de uma sessão especial no Senado em celebração à democracia brasileira, marcando sua volta ao Congresso Nacional após 19 anos.
José Dirceu, um dos fundadores do PT, foi ministro da Casa Civil no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, de 2003 a 2005, até ser cassado pelo plenário da Câmara devido ao escândalo do mensalão. Posteriormente, foi condenado duas vezes pelo então juiz Sérgio Moro no âmbito da operação Lava Jato.
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