Os níveis de poluentes na atmosfera estão entre "moderado" e "muito ruim"
Maria Clara Campanini Publicado em 20/08/2024, às 14h24
O tempo seco no litoral de São Paulo está evidenciando a péssima qualidade do ar. Cubatão que anos 80 sofria um a poluição, está com o ar em níveis “moderados” e “muito ruim” em vários pontos da cidade na manhã desta terça-feira (20).
Próximo ao polo industrial, Vila Parisi, os níveis de poluentes no ar é considerado “muito ruim”. Em outro bairro de Cubatão, mais distante do polo industrial, o ar é considerado “moderado”.
A cidade santista também está com baixa qualidade de ar, segundo o Mapa de Qualidade da Cetesb. Perto da região portuária, na Ponta da Praia, os níveis são considerados “moderados”.
Nesta segunda-feira (19), o The Weather Chanel mostrava que a qualidade do ar no Jardim Casqueiro era “muito insalubre” para O3 (ozônio), insalubre para MP2,5 e “moderado” para MP10.
Nesta manhã (20), os dados do site meteorológico ainda apontam para a baixa qualidade do ar. Os níveis de poluente MP2,65 estão “insalubre para grupos de riscos”, mostrando que “membros de grupos sensíveis poderão sentir os efeitos à saúde”.
No Centro de São Sebastião, litoral Norte de São Paulo, os níveis também estão ruins, na manhã de hoje (20). Na região, a Cetesb indica qualidade do ar “moderada” para MP10.
Conheça os poluentes que trazem risco à saúde
MP10 (partículas inaláveis)
A partícula é considerada inalável quando o diâmetro aerodinâmico é menor ou igual a dez unidades de medida de comprimento micrómetro (µm), “Dependendo da distribuição de tamanho na faixa de 0 a 10 µm, podem ficar retidas na parte superior do sistema respiratório ou penetrar mais profundamente, alcançando os alvéolos pulmonares”, relata a Cetesb.
MP2,5 (partículas inaláveis finas)
Essas partículas são mais finas, com diâmetro aerodinâmico menor ou igual a 2,5 µm “Por causa do seu tamanho diminuto, penetram profundamente no sistema respiratório, podendo atingir os alvéolos pulmonares”, finaliza.
O3 (ozônio)
A mistura de poluentes secundários feitos entre óxido de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis se denomina “Oxidantes Fotoquímicos”.
O produto desta reação é o ozônio, sendo usado como parâmetro para a presença de oxidantes fotoquímicos na atmosfera. Esses poluentes forma a névoa fotoquímica na atmosfera, que leva esse nome por diminuiu a visibilidade.
“Além de prejuízos à saúde, o ozônio pode causar danos à vegetação. É sempre bom ressaltar que o ozônio encontrado na faixa de ar próxima do solo, onde respiramos, chamado de ‘mau ozônio’, é tóxico. Entretanto, na estratosfera (cerca de 25 km de altitude) o ozônio tem a importante função de proteger a Terra, como um filtro, dos raios ultravioletas emitidos pelo Sol”, fala a Cetesb.
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