Infraestrutura Portuária

Porto de Santos inicia dragagem preventiva para manter profundidade do canal

Serviço de manutenção segue até fevereiro e busca garantir segurança e eficiência das operações durante o período de chuvas de verão.

Os trabalhos têm como objetivo manter a profundidade do canal em 15 metros. - Imagem: Reprodução
Os trabalhos têm como objetivo manter a profundidade do canal em 15 metros. - Imagem: Reprodução

Ana Beatriz Publicado em 21/12/2025, às 15h56


A Autoridade Portuária de Santos (APS) iniciou neste domingo (20) um novo serviço de dragagem de manutenção no canal de navegação e nos berços de atracação do Porto de Santos, no litoral de São Paulo. A ação tem caráter preventivo e ocorre em um período estratégico, antecedendo os impactos mais intensos das chuvas de verão na Serra do Mar.

Os trabalhos estão previstos para seguir até o dia 28 de fevereiro e têm como objetivo manter a profundidade do canal em 15 metros, patamar considerado essencial para a segurança das embarcações e para a fluidez das operações no maior porto da América Latina. Segundo a APS, a dragagem é realizada de forma sazonal, tanto no verão, quando há maior carreamento de sedimentos devido às chuvas, quanto no inverno, período marcado por ressacas.

Em nota, o presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, destacou que a manutenção da profundidade é fundamental para preservar a competitividade do complexo portuário e garantir condições adequadas de navegação e atracação. Ele explicou que, paralelamente à dragagem de manutenção, o porto avança em projetos estruturais para ampliar sua capacidade.

“Ao mesmo tempo em que mantemos a profundidade atual, já estamos realizando o aprofundamento do canal para 16 metros, por meio de obras de derrocamento”, afirmou Pomini, referindo-se à retirada de rochas do fundo do canal, etapa que se encontra em fase final de projeto.

O Porto de Santos está localizado em um estuário que recebe grande volume de sedimentos, o que favorece o assoreamento e pode comprometer a profundidade do canal de navegação. Fenômenos naturais, como tempestades típicas do verão e ressacas de maior intensidade, contribuem para esse processo.

Por esse motivo, a dragagem de manutenção é considerada indispensável para assegurar a continuidade das operações portuárias. A última intervenção do tipo ocorreu em julho deste ano, quando foram retirados aproximadamente 400 mil metros cúbicos de sedimentos do fundo do canal.

De acordo com a APS, todo o material dragado é descartado no Polígono de Disposição Oceânica (PDO), localizado a cerca de 12 quilômetros da entrada do Porto de Santos. A área é devidamente licenciada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para receber os sedimentos, atendendo às exigências ambientais vigentes.