Justiça

Guarda municipal é condenado por matar comerciante no Litoral de São Paulo

O assassinato aconteceu após briga de trânsito

Guarda municipal é condenado por matar comerciante no Litoral de São Paulo - Imagem: Reprodução/Redes sociais, Arquivo pessoal e Polícia Científica
Guarda municipal é condenado por matar comerciante no Litoral de São Paulo - Imagem: Reprodução/Redes sociais, Arquivo pessoal e Polícia Científica

Maria Clara Campanini Publicado em 15/08/2024, às 12h14


Vagner Alves de Santana, guarda civil municipal, foi condenado a 15 anos e nove meses de prisão por matar o comerciante Antônio Ramos Paiva Ferreira em briga de trânsito. O júri decidiu pela condenação na última terça-feira (13) no Fórum de Praia Grande, o condenado ainda tem direito a recurso.

O crime ocorreu na Avenida Marcos Freire, próximo ao Viaduto 5, Jardim Quietude, Praia Grande, Litoral de São Paulo, no dia 3 de fevereiro de 2019. A vítima, Antônio Ramos Paiva Ferreira, chamou a viatura que estava de patrulha na área após sofre uma fechada no trânsito. Os guardas orientaram a deixar o local, o que acabou gerando uma discussão entre Vagner e Antônio.

Durante a discussão o guarda acabou por atingir o comerciante com três disparos, que acertaram no braço direito, no tórax e no glúteo.

O assistente de acusação que defende a família de Antônio diz que o acusado perdeu o cargo na Guarda Municipal. Mas antes de ir para a prisão será realizado a audiência de custódia.

Defesa do Acusado

Para a defesa de Vagner a decisão foi incorreta e vai entrar com recurso. “Nós não entendemos que a sentença foi correta, o que decidiram, os jurados, foi diferente da prova colhida nos autos, motivo pelo qual vamos recorrer. Aliás, já começamos a fazer recurso”.

A família da vítima

Para a viúva da vítima, Mirelle Pinheiro, a condenação é uma vitória e que isso traz conforto à família.

“Para a gente é uma vitória, esperamos quase seis anos por isso. Agora podemos seguir nosso luto em paz.  Isso não vai trazer o Antônio de volta, mas traz um conforto para a família, Saber que independe de tudo, a Justiça foi feita”, disse Mirelle a Tribuna.

Agora Mirelle diz que pode falar aos filhos que a família lutou e que a morte do pai não vai passar impune “Não ficou impune a morte do pai dele. A gente conseguiu fazer com que ‘esse cara’ fosse preso. Ele saiu daqui algemado. É uma tristeza, mas hoje é um dia de muita alegria porque foi uma luta grande. Só a gente sabe o quanto lutou”, relata.

A Prefeitura

Até a manhã da última quarta-feira (14), a Secretária de Assuntos de Segurança Pública (Seasp) disse que o Judiciário não oficializou a decisão ainda. A prefeitura disse que só irá se manifestar após tomar a devida ciência do assunto.