Morte

Influenciadora que morreu na França terá órgãos doados

A policia continua investigando o homicídio; Fernanda nasceu em Santos e expressou vontade em vida de ser doadora de órgãos

Influenciadora que morreu na França terá órgãos doados - Imagem: Reprodução/ Redes Sociais
Influenciadora que morreu na França terá órgãos doados - Imagem: Reprodução/ Redes Sociais

Maria Clara Campanini Publicado em 17/10/2024, às 16h31


A influenciadora brasileira Fernanda Lind, de 31 anos, faleceu em decorrência de um trágico acidente em Paris e seus órgãos doados, conforme seu desejo expresso em vida. Nascida em Santos, litoral de São Paulo, Fernanda vivia na França há seis anos com o marido e trabalhava no setor de comércio exterior. Além disso, mantinha um perfil no Instagram onde compartilhava dicas sobre a vida na Europa para seus quase 50 mil seguidores.

O acidente ocorreu na terça-feira (15), entre as comunas de Saint-Cloud e Suresnes, quando Fernanda foi atropelada por um veículo ao atravessar uma faixa de pedestres. O impacto resultou em fraturas múltiplas e um ferimento grave na cabeça, levando à confirmação de morte cerebral no dia seguinte. A polícia francesa investiga o incidente como homicídio, tendo identificado e detido o motorista para depoimentos.

Em respeito ao desejo de Fernanda, sua família optou pela doação de órgãos. Foram doados o coração, fígado, pâncreas, rins, córneas e tecidos de pele; apenas os ossos não foram doados devido à falta de especialista disponível no momento. Aline Lind, irmã da influenciadora, destacou a importância da solidariedade para Fernanda, que também era doadora de sangue e estava registrada para doação de medula óssea.

A cerimônia de cremação ocorrerá em Paris, cidade que Fernanda sempre sonhou em chamar de lar. Os planos para o velório ainda estão indefinidos devido aos trâmites legais relacionados à doação de órgãos e à investigação policial.

Fernanda gerenciava a conta "Paris lowcost" no Instagram desde 2020, onde oferecia dicas acessíveis para realizar o sonho de conhecer ou viver na França. Sua abordagem prática visava demonstrar que esse sonho era mais alcançável do que muitos imaginavam.

Até o momento, o Itamaraty ainda não se manifestou.