Itanhaém

Morte Brutal de Segurança em Festa: Réus Serão Julgados

Gustavo Carvalho foi assassinado em frente a um bar no litoral paulista; câmeras de segurança registraram toda a ação

Morte Brutal de Segurança em Festa: Réus Serão Julgados - Imagem: Reprodução/ g1
Morte Brutal de Segurança em Festa: Réus Serão Julgados - Imagem: Reprodução/ g1

Maria Clara Campanini Publicado em 27/09/2024, às 14h42


Gustavo Adolfo Lopes de Oliveira de Carvalho, de 33 anos, foi fatalmente alvejado com pelo menos cinco disparos enquanto desempenhava suas funções como segurança em uma casa noturna na cidade de Itanhaém, litoral de São Paulo. O crime ocorreu em junho do ano passado, no bar Estação Chopp, localizado no centro da cidade.

Leony Lors Defeu, identificado como o autor dos disparos, e Rafael Rondi de Moraes, acusado de auxiliar na fuga, serão julgados pelo Tribunal do Júri. A decisão foi tomada após a Justiça acatar denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que qualificou o homicídio e também imputou a tentativa de homicídio contra outra cliente atingida por um dos tiros.

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento exato do crime e foram cruciais para a detenção dos suspeitos. A dupla foi presa pela Guarda Civil Municipal (GCM) logo após o incidente. Na ocasião, testemunhas relataram que Leony e Rafael se envolveram em uma confusão dentro do bar antes de serem expulsos por Gustavo. Eles retornaram armados e confrontaram o segurança na entrada do estabelecimento, onde Leony efetuou os disparos fatais.

Em uma sentença publicada recentemente, o juiz Rafael Vieira Patara determinou que ambos os réus irão a júri popular e negou a possibilidade de recurso em liberdade. O advogado Alexander Neves Lopes, que representa a família da vítima e atuará como assistente de acusação no julgamento, destacou a importância dessa fase processual para buscar justiça.

O evento que culminou no homicídio ocorria durante uma festa temática chamada "Noite dos Solteiros". Após serem impedidos de reentrar no bar devido ao fim do evento, Leony iniciou uma discussão com Gustavo e o empurrou. As imagens mostram Leony sacando uma arma e atirando repetidamente no segurança, que já estava caído no chão.

Durante a fuga, Leony e Rafael utilizaram um veículo cinza. As câmeras da Prefeitura capturaram toda a perseguição até a Rua Octaviano Albuquerque, onde foram interceptados pela ROMU. Leony estava armado com um revólver calibre 38 e resistiu à prisão. Rafael apresentava sinais de embriaguez no momento da detenção.

A tragédia também deixou marcas profundas na família de Gustavo. Sua esposa, Rafaela Camila Domiciano de Souza de Carvalho, relatou que tanto ela quanto sua filha pediram para que ele não fosse trabalhar naquele dia fatídico. Gustavo era pai dedicado e presbítero da Igreja Apostólica Um Novo Cântico, onde desempenhava papel importante nas atividades religiosas.

O julgamento dos acusados ainda não tem data marcada. A expectativa é alta para que a justiça seja feita em memória de Gustavo Adolfo Lopes de Oliveira de Carvalho, cuja vida foi tragicamente interrompida enquanto desempenhava seu trabalho.