Combate as queimadas

Novo agente químico pode revolucionar combate a incêndios florestais em São Paulo

Com resultados promissores, o agente é capaz de extinguir chamas em menos da metade do tempo

Novo agente químico pode revolucionar combate a incêndios florestais em São Paulo - Imagem: Reprodução/ Governo de SP
Novo agente químico pode revolucionar combate a incêndios florestais em São Paulo - Imagem: Reprodução/ Governo de SP

Maria Clara Campanini Publicado em 27/09/2024, às 14h28


O Governo do Estado de São Paulo deu início a uma série de testes com um inovador produto destinado ao combate de incêndios florestais, apresentando uma eficácia cinco vezes superior à água. Além de sua capacidade extintiva, a substância possui propriedades retardantes, prevenindo a reignição em áreas previamente controladas.

Em experimentos conduzidos pela Defesa Civil em condições controladas, foi observado que o produto conseguiu extinguir um foco de incêndio em apenas um minuto e 40 segundos, enquanto o uso da água demandou cinco minutos para alcançar resultado semelhante. Adicionalmente, a substância foi aplicada em um incêndio real na região de Ribeirão Preto no início de setembro, onde demonstrou resultados promissores.

A Defesa Civil estima que a utilização desse novo agente químico possa reduzir em até 60% os custos associados ao uso de aeronaves em grandes incêndios florestais, devido à significativa economia de tempo proporcionada pela substituição da água. O texto conta com informações da Agência SP.

Desenvolvido por uma empresa nacional e originalmente utilizado como fertilizante agrícola, o produto é considerado seguro para plantas, microbiomas do solo, corpos d'água naturais e resíduos orgânicos. De acordo com informações fornecidas pelo fabricante, a substância é atóxica para seres humanos e não apresentou reações adversas em animais durante os testes.

O governo pretende empregar esse produto inovador em situações críticas semelhantes às vivenciadas recentemente, quando grandes incêndios ameaçaram áreas urbanas e reservas florestais. O uso será regulamentado por critérios específicos, como proximidade de residências, extensão das áreas afetadas e o risco às reservas naturais do estado.