O pastor é investigado por tentar praticar a "cura gay" e falas preconceituosas nas redes sociais
Maria Clara Campanini Publicado em 16/11/2024, às 14h41
O pastor Flávio do Amaral, figura controversa no litoral de São Paulo, enfrenta agora um inquérito após denúncias apresentadas pela deputada federal Erika Hilton e pela vereadora Amanda Paschoal, ambas do PSOL. O episódio que culminou na denúncia foi o suicídio de uma jovem trans que frequentava sua congregação, o Ministério Liberto Por Deus, em Itanhaém. A jovem, de 22 anos, estava envolvida em práticas de "destransição" e "cura gay" promovidas pelo pastor.
O Ministério Público recebeu as denúncias que incluem acusações de transfobia e tortura psicológica. As postagens de Flávio nas redes sociais são foco da investigação por apresentarem indícios de discurso de ódio contra a comunidade LGBTQIA+. Nas publicações, ele faz comparações pejorativas e incita o preconceito ao referir-se a pessoas trans com termos como "Satanás" e "abominação".
Além disso, vídeos publicados pelo pastor revelam práticas coercitivas dentro da igreja. Em um deles, ele admite ter imposto jejum à jovem trans após ela confessar sentimentos amorosos por outro fiel, além de associar sua morte à homossexualidade, afirmando que a jovem teria ido "para o inferno".
Os advogados de Flávio do Amaral, Jean Paulo Pereira e Florentino Rocha Conde, sustentam que as acusações são baseadas em interpretações equivocadas das ações do pastor. Eles destacam que Flávio não compactua com práticas fraudulentas de "cura gay" e enfatizam seu compromisso com a liberdade de expressão e respeito à diversidade.
O caso levanta questões profundas sobre os limites da liberdade religiosa frente ao discurso de ódio e a necessidade urgente de proteção aos direitos humanos das minorias sexuais. O Ministério Público requisitou a abertura de um inquérito policial para investigar a morte da jovem e as atividades do pastor nas redes sociais.
A situação destaca a importância do apoio emocional para aqueles em crise. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece suporte através do telefone 188. Além disso, o Sistema Único de Saúde disponibiliza serviços especializados por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), garantindo atendimento acessível para quem precisa.
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