O cunhado da vítima está foragido e é o principal suspeito de assassinar o comerciante
Maria Clara Campanini Publicado em 10/09/2024, às 14h13
A família do comerciante morto em Praia Grande, Igor Peretto, está oferecendo R$ 50 mil para quem encontrar Mario Vitorino da Silva Neto, cunhado que está foragido e é o principal suspeito. O valor foi divulgado nas redes sociais de amigos e familiares.
Ainda não foi informado pela Polícia Civil quem matou Igor, encontrado morto a facadas no dia 31 de agosto. O que se sabe é que o assassinato ocorreu no apartamento da irmã de Igor. No local estava presente a esposa, cunhado e irmã. Rafaela Costa, cônjuge da vítima, Marcelly Peretto, irmã do comerciante, já foram presas. O cunhado é o único foragido.
A vítima era irmão do vereador Tiago Peretto (União Brasil), de São Vicente, que não participou do crime. Os irmãos são parentes apenas pela parte paterna, cada um tem uma mãe diferente.
Para ajudar nas buscas do suspeito, familiares e amigos usaram as redes sociais para anunciar uma recompensa de R$ 50 mil para quem encontrar o suspeito. De acordo com o vereador foi uma decisão familiar. “Para colocá-lo na cadeia”, disse Tiago, o valor vai ser arrecado entre parentes e amigos de Igor.
O advogado que representa a mãe de Igor considera um ato de desespero por parte da família e amigos.
"Há um desespero por Justiça. Todos querem que o Mário seja localizado, preso e também conte tudo que aconteceu", disse.
A recompensa
Guilherme Lázaro, advogado especialista em Direito e Processo Penal, disse ao g1 que o ato está previsto no Código Civil "Não havendo, assim, proibição de alguém de oferecer recompensa como incentivo para obtenção de informações que levem à prisão de um criminoso", explica.
Mas, o especialista ressalta que apesar de ser legalizado a recompensa deve seguir algumas normas que protegem a privacidade e a segurança pública. "E que não incite a violência ou justiça pelas próprias mãos", disse Lázaro.
A secretária de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) disse que a legislação brasileira permite oferecer recompensa por meios próprios para encontrar foragidos, mas isso não está relacionado com a investigação da Polícia Civil.
"O caso segue em investigação por meio de inquérito policial instaurado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Praia Grande, o qual tramita sob sigilo", informou em nota.
A pasta diz que duas mulheres já foram presas e as investigações continuam para esclarecer os fatos "Detalhes serão preservados para não interferir no andamento do trabalho policial".
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