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Susto no Porto de Santos: balão cai no canal e quase causa acidente com navio

Um balão caiu próximo a um navio no Porto de Santos, sem causar danos, mas levantou preocupações sobre a segurança na área

A soltura de balões é crime ambiental e pode resultar em penas severas, além dos riscos à segurança no Porto de Santos - Foto: Reprodução/ g1 Santos
A soltura de balões é crime ambiental e pode resultar em penas severas, além dos riscos à segurança no Porto de Santos - Foto: Reprodução/ g1 Santos

Redação Publicado em 04/08/2025, às 10h34


Um susto marcou a manhã de domingo (03) no Porto de Santos quando um balão caiu bem na frente de um navio no canal de navegação. Embora tenha afundado e não causado danos, o incidente reacendeu o alerta para o perigo que esses artefatos representam. A Autoridade do Porto de Santos confirmou que, no total, quatro balões foram vistos sobrevoando a região, mas apenas um caiu dentro da área portuária.

Uma pessoa que testemunhou o ocorrido contou ao g1, que o balão desceu por volta das 8h. O objeto perdeu altitude e, levado pelo vento, se moveu em direção ao canal. "Parecia que ia cair em cima do navio, mas acabou caindo antes", relatou.

O perigo oculto dos balões no porto

Para Carlos Alberto de Souza Filho, diretor da Praticagem de São Paulo, o risco de um balão cair no porto é real e pode ter consequências sérias. Ele explica que, dependendo do que o balão atinge, o resultado pode ser catastrófico. "Se cair em cima de um navio, também pode gerar um incêndio a bordo. E um incêndio a bordo é um acidente muito grave", alertou.

A gravidade do problema aumenta ainda mais se o navio for um tanque ou químico, que transporta produtos altamente inflamáveis. O perigo é grande, já que nem sempre se sabe em qual contêiner está a carga perigosa. Se um balão quente cai e o aquecimento se espalha, as consequências podem ser desastrosas. O diretor ainda destacou que o combate ao fogo em uma pilha de contêineres é complicado e exige a ajuda de rebocadores com jatos d'água potentes.

Souza Filho também ressaltou ao g1 que, há outros perigos mais comuns na região. "O lixo que existe sempre no nosso canal é muito mais perigoso que isso. A gente já viu geladeira, colchão, móvel boiando por aí", comentou.

A soltura de balões, além de ser um risco, é considerada um crime ambiental pela Lei 9.605/98. As punições podem incluir de um a três anos de prisão, multa de até R$ 10 mil, ou as duas penalidades ao mesmo tempo.