DECISÃO

TJ-SP declara prisão preventiva para motorista que matou PM atropelada

Vítima estava pilotando uma motocicleta a caminho do trabalho em Cubatão, quando foi atingida

Vídeo do Ruan Malavazi Gois ingerindo bebidas acoólicas antes do incidente - Imagem: Reprodução/Redes sociais
Vídeo do Ruan Malavazi Gois ingerindo bebidas acoólicas antes do incidente - Imagem: Reprodução/Redes sociais

Alanis Ribeiro Publicado em 20/08/2024, às 09h38


Ruan Malavazi Gois, de 32 anos, que publicou um vídeo bebendo antes de atropelar e matar a soldado da PM Bruna Magalhães Jurasky, de 36 anos, no sábado (17) em São Vicente, continuará preso. No domingo (18), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) converteu sua prisão em flagrante para preventiva durante a audiência de custódia.

A vítima estava pilotando uma motocicleta a caminho do trabalho em Cubatão, quando foi atingida frontalmente por Ruan, que invadiu a pista na contramão no km 286 da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega. Ela foi socorrida no Pronto-Socorro, mas faleceu no mesmo dia. Ruan, que não possui habilitação, colidiu com a motocicleta da vítima.

Ele foi preso por embriaguez ao volante e homicídio culposo, sem intenção de matar. A prisão preventiva, que mantém o acusado detido até o julgamento final, foi decretada pelo TJ-SP durante a audiência de custódia no domingo (18).

Versão do motorista

O boletim de ocorrência indica que Ruan apresentava sinais de embriaguez, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ele alegou na delegacia que a neblina o fez entrar na pista errada, colidindo com a motocicleta de Bruna. Embora tenha dito que prestou socorro, não acionou o 190.

 Apesar de o artigo 301 do Código de Trânsito Brasileiro prever que condutores que oferecem socorro completo não devem ser presos em flagrante, a prisão de Ruan foi decretada pela Polícia Civil e convertida em preventiva pelo Judiciário devido às circunstâncias do caso.