Com mais de R$ 100 milhões movimentados, a quadrilha é acusada de lavagem de dinheiro e organização criminosa
Gabriel Nubile Publicado em 30/05/2025, às 10h51
A Polícia Civil comandou nesta quarta-feira (29) a Operação Bogotá, resultando na prisão de nove colombianos e uma décima pessoa em diversas cidades de São Paulo. A quadrilha é suspeita de comandar um esquema que movimentou mais de R$ 100 milhões em empréstimos com juros altíssimos, lavagem de dinheiro, organização criminosa e financiamento ao tráfico de drogas.
Coordenada pela Delegacia Seccional de Registro, a operação ocorreu simultaneamente em cidades como Santos, Guarujá, Praia Grande, Peruíbe, Registro, Campinas e Itapeva. Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária e 29 de busca e apreensão domiciliar.
Ação criminosa e os elos com o tráfico
A ação policial começou por volta das 2h15, com as equipes se deslocando para os diversos alvos. O delegado Marcelo Freitas, responsável pelo caso na Delegacia Seccional de Registro, informou que, além das dez prisões, foram apreendidos entre 10 e 12 veículos (carros e motos), documentos e dinheiro.
O grupo é investigado por atuar em um sistema de empréstimos ilegais, com cobrança de juros diários exorbitantes. Em muitos casos, as vítimas que não conseguiam pagar eram alvo de ameaças ou violência. A Polícia Civil também descobriu uma forte ligação entre esses criminosos e traficantes, o que evidencia o envolvimento da quadrilha com o crime organizado e o financiamento de atividades ilícitas.
O nome "Bogotá" foi escolhido para a operação devido à origem colombiana da maioria dos envolvidos. Embora a ação tenha abrangido diversas regiões, o delegado ressaltou que o grupo atuava com maior intensidade no Vale do Ribeira e na Baixada Santista. "Prendemos os que atuam mais intensivamente aqui. Mas já verificamos que têm relação com grupos de outras regiões também", completou. Todos os detidos estão sendo levados para a Delegacia Seccional de Registro, onde o inquérito foi aberto.
O delegado Marcelo Freitas destacou que esta é apenas a primeira fase de uma investigação complexa, que já dura há alguns meses e ainda deve ter desdobramentos. "É uma investigação complexa. Avançamos bastante, mas ainda temos muito trabalho pela frente. A primeira etapa deve terminar até o fim do dia", concluiu.
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