Caso Igor Peretto: Justiça de Praia Grande manda soltar viúva de comerciante assassinado

Irmã e cunhado da vítima serão levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado

Viúva e mãe do filho de Igor, Rafaela é libertada por decisão judicial - Imagem: Reprodução
Viúva e mãe do filho de Igor, Rafaela é libertada por decisão judicial - Imagem: Reprodução

Lívia Gennari Publicado em 18/10/2025, às 09h21


A Justiça de Praia Grande determinou a soltura de Rafaela Costa da Silva, viúva do comerciante Igor Peretto, assassinado a facadas no dia 31 de agosto de 2024 dentro do apartamento da irmã dele. O casal tinha um filho.

Na mesma decisão, o juiz Felipe Esmanhoto Mateo determinou que a irmã e o cunhado da vítima, Marcelly Peretto e Mário Vitorino, sejam levados a júri popular pelo crime de homicídio triplamente qualificado.

De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Rafaela, Marcelly e Mário teriam premeditado o assassinato. O órgão sustentava que Igor era visto como um “empecilho” em um triângulo amoroso formado entre os acusados.

O juiz, no entanto, desclassificou Rafaela da denúncia, destacando que ela não estava no local no momento do crime e que as provas reunidas não indicam sua participação direta no assassinato. Com isso, foi expedido um alvará de soltura para a acusada.

Na decisão, o magistrado também afirmou que não há indícios de que os três formassem um trisal, mas sim um triângulo amoroso com relações cruzadas. A tese de motivação econômica, investigada ao longo do processo, também não foi comprovada.

Apesar de não ser responsabilizada pelo homicídio, Rafaela segue sob suspeita de outro crime, possivelmente de favorecimento pessoal, por ter auxiliado Marcelly e Mário a fugir e se esconder após o assassinato.

Já Marcelly e Mário foram pronunciados para julgamento por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe (relacionamento entre os envolvidos), meio cruel (diversos golpes de faca) e recurso que dificultou a defesa da vítima (Igor estava desarmado e foi atacado por pessoas próximas). Ambos permanecem presos preventivamente até o julgamento.